VÍCIO – I

por Irene Zanetti

Quando o humano tornou-se eterno.

Para o além de fato se faz grande de alma,

Entalhada e envaidecida a pele enrugou-se com os anos,

desfeita são todas as esferas que não atendem a misericórdia.

Nem afetam a sua ligeira modernidade para romper os seus atos.

Então já não era apenas os atos, mas, os vícios que ele adquiriu antes das rugas chegar.

Das florestas vencidas pelo tempo, a Terra as decompôs para as raízes brotarem.

Surgiu assim um mar de novas folhas que para viverem sangraram o manto da Terra.

Isto se propôs no constante consolo e da grande força da germinação.

Assim, sussurrou demorado.

Aonde estou para falar tanto sem pensar?

No mar dos deuses que não querem acordar…

Em qual canto que além ficam?

Nas terras próximas da terra, onde o mar da inconsciência sem nada pedir e querer parar.

O que se torna o vício de faze-los ou escutar…

O que deixa de ser para se completar,

de falar para refletir…

Então a paz que se busca é constante…

Inebriante…fugaz…

Torpedo para nunca deixar de aprender amar…

a Terra dos Homens …

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