Refugiados

por Irene Zanetti

Povos do Norte e do Sul,

Caminhantes na constância da vida, na busca da revelação das Verdades de todos.

Povos que perpetuam na Terra,

Caminham nas direções das novas orientações,

encontram o corte da navalha…

Povos entre o Mar e a terra,

Caminham sem destino,

na busca da sobrevivência.

Fronteiras cerradas,

afiadas que dilaceram os sonhos não sonhados…

Amontoando pessoas.

A côrte dourada fechada, lacrada para os povos sem destinos…

Perde a humanidade,

A corte lacrada,

esvazia a sua ira nos povos andarilhos,

Canhões, mísseis então , muito mais rápido e de maior dimensão, estrondam, encurralam os sobreviventes…

Demasiadamente surge a sua reação, provocam entre si a questão.

Tenta encontra-lo? sim ou não?

Atravessam as fronteiras das suas terras massacradas, dos seus entes queridos, feridos, mortos na escuridão…

Entre os mares e as terras estrangeiras, conhecem a dor da opressão.

Do poder lastimável que derrota o Senhor, a infância e a velheci precoce.

Derrota o corpo que cansa a saúde da emoção…Tudo na mais completa desorganização da civilização…

Ali ficam sem nada dizer, nada fazer…

Como ladrões os tomam a corte dourada.

E como leões oprimem mais as asas dos que buscam a liberdade.

Escravizados nas suas próprias terras,

Arrancados do próprio chão, andarilhos se tornam como ovelhas mestradas..

Mas não, não há prova disso, que o coração não reaja.

A permanência nas fronterias, a massificação, do desalento, do sem pátria, nação.

Ali os povos silenciosamente sem nada trocar, idéias, palavras, discursos.

Todos estão no barco da imigração,

Todos vivendo o inferno da destrição das suas familias, casas e países…

todos encontram pelo caminho de alguma forma o naufrágio.

A fome, o sono, o frio cruel…

Ali se postam unidos como os cordeiros para a própria existinção.

Quando tudo isso se terminar, conscientemente, pesará no coração que bate mais forte.

Contagiando outros corações.

A vida não acabou!

O que acabou foram as casas, as terras, tudo que de material destruído foi…

Restando apenas o corpo, a consciência, os sentimentos e os sonhos de continuar vivos.

ali prostados mostram para o mundo inteiro que se definem como terras de ninguém, como estôrvo das grandes potências, como restolhos da humanidade mesmo perante daqueles que vivem na miséria das piores condições da vida das favelas dos seus países.

estes ainda dizem moramos num país, não precismos dele sair..

Então o imigrante açoitado pelas duras palavras, ofensas se curvam e desesperadamente o que buscam é manter vivo o seu corpo, a sua cosnciência e os seus sonhos num pequeno pedaço da Terra que é de todos…

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