REFLEXÃO SOBRE A MORTE

por Irene Zanetti

# Porque a pureza da vida e não a inteligência da morte?

A humanidade na constante luta entre a vida e a morte.

Na correria que a leva ao próprio sepulcro.

Na dolorosa travessia que se torna trágica.

# A beleza foi esquecida?

Não ela não foi vivida!

# Para alguns conseguiram-na de forma como vivem, libertos como o sol.

A maioria na escravidão solitária que unida se torna a massificação, a deterioração do comportamento saudável do viver.

O viver não está aprendendo a obter a sua dignidade.

O que é dignidade?

# Senão a própria forma de agir e ser diante das suas ações e reações?

O ser humano não conhece, não quer a sua identidade porque tem medo de que alguém a tira ou a morte a leva embora.

# Porque a morte tem tanto valor para o ser humano?

Muito mais que a própria vida.

O Ser Humano não se desprende da morte.

Ele faz ou deixa de fazer muitas experiências por causa do medo da morte e não do prazer do viver.

A interligação com a morte já é no princípio do nascimento da vida…a vida carrega o fardo da morte, ela mesmo não quer conhecer a morte, não se deixa vivenciar a própria existência porque a morte vive.

# A morte vive?

A morte existe porque a vida existe.

Logo a vida é tão intensa utiliza de incontáveis tipos de energias para estar viva e nenhuma destas sobrepõem a morte, senão a única que dá consolo à vida que é a energia da eternidade.

A energia que atravessa as existências e se mantém com a mesma essência para toda a eternidade.

# O que é eternidade.

O princípio que se mantém vivo no tempo e no espaço.

# O princípio?

Sua composição iniciou diante do tempo e do espaço fazendo a ciranda da chegada da vida e passando pela partida que é a morte.

A ciranda do eterno retorno.

# A ciranda do eterno retorno tem como retornar sempre?

Há trajetos que se desfilam para o retorno e entre o breve e mais longo e demorado processo da construção das existências entre as chegadas e partidas.

Numa esfera que consome o tempo que descansa no espaço.

# A esfera do espaço sem fim?

# Esta esfera é como a eternidade uma renovação?

A renovação para a construção contínua das existências é a pedra da eternidade sem esta não seria possível a realidade da vida, seria diferente.

# Como seria?

Sem o movimento existencial que a faz se manter livre independente e com a força que atraia a continuidade permanente tornando-se tão sólida que se interliga ao fio da eternidade.

Do que é feita a eternidade?

# Ela é feita de Luz!

# O que acontece com o que não tem Luz?

Há morte.

E não é eterno

Eternidade é Luz contínua sem parada para o e descanso é a própria eternidade.

# E o que é a própria eternidade?

É tudo aquilo que se consegue se manter em movimento porque o movimento é a prova da existência da Luz e a Luz faz manter o próprio movimento.

E o movimento está no tempo e no espaço sem fim.

# E o que é eterno nunca termina em qual situação?

O princípio não termina não há morte para o princípio.

# Por quê?

O princípio que vem do eterno sempre estará em movimento e o movimento iluminará a criação, recriação e a mutação desta existência.

Poderá sim acontecer mudanças nas travessias temporais do eterno, mas seu princípio será eternamente o mesmo.

Novos caminhos do eterno,

Novo tempo,

Nova contemporaneidade da Verdade e da Realidade.

# O que é a energia em tua volta?

Senão a tua ação humana ligada ao energético.

A tarefa surpreenderá ao fazer diante da verdade.

A verdade não apenas dita, mais assistida pela própria verdade nas ações.

Assim a proposta que carregará teu coração nas mãos como uma flor.

Assim tomarás as rédeas da vida e a vida dominará a sua passagem.

Assim a terra precisa do encanto do coração,

Do canto dos pensamentos,

Da ternura da paz.

Assim saciará a tua fome,

A sede que nutre o sangue,

O sangue que nutrirá tua energia.

Assim terá tua história ofertada para caminhar ao sentido do amor.

O amor enfraquecido na humanidade, no derradeiro momento da vida.

O desconsolo que faz companhia pelo último suspiro.

Fora da lei humana… feito para o meio

A lei natural da vida que teve as consequências humana.

Assim a solidão que passa a ser entregue porque está sendo coletiva.

A solidão coletiva demoradamente coletiva, foi a doença que os tornou coletivo.

Não foi a mão de Deus que os separou, mas a mão humana que permitiu não mais lutar pela própria vida.

A vida é luta.

Traz desigualdade na intensidade de cada um.

Traz um tratado que é desfeito com as decisões das ações humanas num mundo vazio cheio de histórias, de milagres nos hospitais e nos recantos mais longínquos e sombrios do deserto.

O deserto nas megacidades

O vazio dos ventos sentidos nas ruas e avenidas todas elas desocupadas…

Todas elas enriquecidas de vitrine de regras e etiquetas que não mais nada valem.

# Apenas ali, aonde estão todos?

Aonde corridas as festas matinais, mas corridas das grandes paixões fluviais para os amantes das velocidades internas.

# O que são todos? e aonde estão?

Nos seus vazios, nas suas demoradas horas que nunca acabam…para a liberdade viver…

Aonde estarão todos no amanhã sem promessas.

# Sem a noção como será?

Todos debaixo dos cantos dos pássaros que brincam como se fossem crianças.

Ali estão livres, sem a peste para dela correr.

Estão na dança das manhãs, nas revoadas das tardes anotes do amanhecer.

Como pássaro semimortos, os humanos não imaginam a sua jornada sem as suas invenções.

Sem as suas moedas doadas para a festa da vida.

# Aonde estarão as festas nas manhãs frias ou quentes?

# Como estarão todos?

# Aonde estarão?

Adormecidos antes do despertar dos pássaros para socorrer os esquecidos ao sol e depois enterrá-los.

O amanhã que nunca adormece e nunca se apaga.

Apenas espera as horas passar e deixa o tempo definir o que deseja fazer, para depois seguir o seu destino, fazer suas histórias e abandonar tudo novamente quando o sonho chegar.

Assim como o teu rebento saber noturno, o passar chega mansamente em teu coração que pede amor, paz e a simplicidade do viver…

Tua história, o teu dever.

Assim como está hoje será teu destino,

Amanhã entre palavras escritas e ditas.

Folhas de tecidos,

Desenhados,

Livros acordados,

Fazer do papel a tua nova história que nasceu da madeira crua e nua.

Apenas poupe a tua solidão ela não ajudar´, terá dificuldade de ser cúmplice e companheira dela.

Ciente fica é preciso a solidão apenas para o repouso,

Depois haverás águas que saborearão as entranhas das rochas, rochedos, solo da Terra virgem e íntima.

Assim nasce o perfume das flores coloridas e se mistura com a essência que cada um traz consigo.

Determina a tua paz interior para que possa fazer o que será preciso,

Que esteja bem para arcar com as sequências das consequências das palavras e não mantida verdadeiramente sempre atentos.

Tua história se refaz no caminho destruído para melhor trabalho com a vida humana sempre,

Irene em 19/05/20

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