POEMA
Entre brumas,
fica o olhar da luz,
sempre exposta quando brilha,
Dele o sol se comunica,
Dele tudo se manifesta.
Dos laços,
Das fitas ao vento,
Vão de proa presa,
a barcaça além dos mares chega o destino esperado.
Abre a porta dos oceanos e só os homens podem banhar-se.
No além fica um céu,
perto da terra escondida no espaço.
Dele o seu silêncio é ouvido,
De longas datas,
longas histórias e tudo está registrado.
Vem do céu, a luz que diurna acende o coração de quem não sofre de quem faz.
O que importa se o sol é para todos.
De todos se faz os países, deles a cultura mora do alto, do baixo não importa.
O que importa é o saber agora.
Entre os pedregulhos sofrem as passos que ainda não deram,
Deles foram assim tomados pela luz.
Fazem os caminhos, homens de punhos cerrados e não lembram mais da cruz.
Do norte e do sul nasce,
Do sul a porta para o norte,
Na redoma terrestre percorrem os homens que ali nascem.
A multidão dos séculos,
caminhem nas direções, vem do norte e do sul.
Saem com a imensidão cósmica nas mãos.
Salva-o guerreiro dos homens, nesta travessia que ninguém faz, sem o sol, o caminho, o tempo e a paz.