Entre sol e a lua….
A terra feita de amor de ambos…
Entre o sol e a lua,
Os anjos pronunciam,
Deus é convosco e conosco também
O ventre feminino,
Delicia-se com a explosão da vida,
Mulheres de todos os tempos na mesma expressão do doar-se…
Assim a humanidade caminha…
Povos do sul e do norte
Caminhantes na constância da vida,
Na busca das revelações das verdades de todos…
Quem nós somos?
Povos que perpetuam a Terra,
Caminham nas direções das novas buscas,
Encontram o corte da navalha nas estradas…
Entre o mar e a terra,
Caminham sem destino na busca da sobrevivência…
Só o Sol conhece as suas dores.
Fronteiras cerradas,
Adiadas que dilaceram os sonhos não sonhados,
Amontoando pessoas de idades todas…
No vestígio de saber o não querer.
A corte dourada,
Fechada, lacrada para os povos sem destinos…
Pede humanidade,
Vazia a corte dourada tranca os portões de ferro que fere.
Andarilhos que não sabe nadar no bote estão pendurados…agitados todos eles no náufrago,
Canhões á espera como se fossem malditos os seus destinos…
Estrondam os portões de ferro que fere…
Encurralam os sobreviventes…
Demasiadamente surge a sua reação …
Provocam entre si as questões.
Irem de encontro ou não?
Atravessam as fronteiras das suas terras massacradas, dos seus entes queridos, feridos, mortos na escuridão do dia que se tronou noite…
Entre os mares,
As terras estrangeiras conhecem a dor da opressão.
Do poder lastimável que derrota os sonhos, a infância e a velhice precoce.
Derrota o corpo que causa a saúde da emoção…
Tudo no mais completa desorganização da civilização.
Ali ficam sem nada dizer…e fazer.
Como ladrões os tomam a corte dourada…
Que escuta vozes dizer…a Terra é de todos! Que divisão querem fazer?
Longe deste pensamento a corte dourada rasga o véu e mostra a escuridão da noite que ainda não chegou.
Como leões ferozes os oprimem mais as asas do que buscam a liberdade.
Escravizados nas suas próprias terras pela corte dourada que ofuscada ficou.
Arrancados dos próprio chão, andarilhos se tronam como ovelhas domesticadas.
Mas não há prova disso…
O coração que reaja! Pensam eles então…
A permanência nas fronteiras,
A massificação da dor,
Do desalento…
Do sem pátria,
Nação os povos silenciosamente, se nada trocar de ideias e ideais, palavras, discursos…em vão.
Todos estão no barco da imigração,
Todos vivendo o inferno da destruição de suas famílias, casas e países…
Todos encontram pelo caminho de alguma forma o naufrágios.
A fome, o sono, o frio cruel…
Ali se misturam unidos como os cordeiros contra a própria extinção…
Quando tudo isso se tornar real, consciente…pesa o coração que de um ato bate mais forte…
Contagiando outros corações.
A vida não acabou!
O que acabou foram as casas, as terras tudo que de material destruído foi.
Restando apenas o corpo, a consciência, os sentimentos e os sonhos de continuar vivos.
Ali prostrados mostram para o mundo inteiro que se define como terras de ninguém,
Como estorvo das grandes potencias,
Como restolhos da humanidade, mesmo perante daqueles que vivem na miséria das piores condições de vida nos seus pais.
Ainda assim nesta condição humilhante…se estivessem em seus países…se sentiriam como reis.
Então o imigrante açoitado pelos misseis apontados se curvam e desesperadamente o que buscam é manter seu corpo vivo, sua consciência e seus sonhos num pedaço da terra que lhe pertence como filhos do Sol…