Pedaços de mim… VIII

por Irene Zanetti

Na esquina havia um banco feito de madeira antiga…

ali um senhor de longa idade estava sempre sentado com o seu cajado de bambu.

Certo dia passei encontrei-me neste lugar onde o banco estava sempre ocupado pelo velho e o seu cajado.

Pedi licença e sentei junto á ele.

Conversamos sobre a tarde quente que o sol esparramou em tudo,

do tempo que passa, da vida que já foi lá atrás,

histórias inteiras e outras contadas pela metade…

a memória as vezes se deixar vencer pelo tempo.

As vezes a razão insiste em lembrar de algo mais além do contado.

Ali a tarde nos encontrou…e abriu uma parede que era de marfim entre o velho e eu.

A porta que abriu a força de uma amizade, de um afeto…como se já tivesse existido em tempos passados,

e em outros lugares, com outras histórias…

A memória esta eterna luz que não apaga nos seres humanos…assim pensei…

Depois de deixar um beijo na face do velho que logo entrou em seu quintal…

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