Havia uma estrada feita de curva, nela uma árvore plantada.
Cada pessoa que ali passava descansava na sua sombra imensa.
Certa tarde quando o sol se deixou bronzear pelo próprio calor,
As horas da tarde se tornaram insuportáveis.
A quentura alcançava um alto grau,
parecia que o chão estava pegando fogo,
mesmo com o vento que passava a sensação era de que o ar estava morno, quente quase fervendo.
Pedro um rapaz cheio de vida, suava com o galope do seu cavalo,
Viu a sombra mansa da árvore da curva. Ali desceu do seu cavalo obediente,
Sentou em uma das grandes raízes exposta fora da terra.
Encostou-se no tronco grosso arredondado da árvore.

Com o chapéu de palha escondendo o seu rosto adormeceu ali…um cochilo,
um mimo do sol que contorcia as folhas das mamoneiras.
Como se dali saiu a força do seu coração e buscou voar espaço afora.
Neste espaço encontrou com o Querubim que o levou para conhecer a sua morada.
Pedro desavisado que ia fazer este passeio, ficou apreensivo em conhecer a morada de alguém que ele não conhecia.
Ainda assim foi desconfiado, mas determinado em aceitar o convite amável deste que se tornou amigo.
Depois de alguns segundos Pedro e o Querubim estava diante de uma porta de madeira antiga talhada com flores azuis,
igual o céu quando o sol está muito quente e as nuvens se escondem dele.
O céu aberto como os anjos dizem…sem as nuvens que escondem as imagens secretas do espaço.
A visita foi surpreendente e o Pedro parecia que ele já conhecia este lugar…de longínqua data.
Antes de partir deste pedaço do espaço, Querubim abraçou Pedro que acordou com as grinas do seu cavalo sobre o seu rosto, acordado ainda parecia que não tinha certeza da aonde estava se era com o Querubim ou com a companhia do cavalo.
Olhou para os lados e percebeu que estava nos pés da árvore na curva da estrada…percebendo que teve um sonho que sua memória antiga abriu as imagens guardadas na eternidade…