PALAVRAS – PEDAÇOS DE UMA ESTRELA MAIOR

Assim elas nascem com cor do céu,

De luz que explodem com a força quando expressadas…

Nunca dormem e nem descansam,

apenas soam sem o cansaço das pronuncias…

Tem o comprimento do infinito,

pois atingem a expansão constante do espaço.

Se diferem diante de tudo que existe,

dando a cada elemento o seu nome, seu sentido, sua causa…

Não adormecem, apenas citam as suas vogais e a união delas,

em todos os idiomas da nobre crosta terrestre,

sobre as camadas vertiginosas que o espaço concede…sem restrições,

regras, ou aviso da proibição.

Eis as que se somam apenas com o fragmento do som….

O som que sai das intempéries dos dias tempestivos,

e nada mais produzem porque não é necessário vê-las sofrer.

Simplesmente se fartam com a doçura do balbuciar e resmungos dos recém nascidos,

então elas se tornam límpidas…fácies de ama-las.

Outras entonadas e absolutas chegam devagar,

quando a idade já não é mais do balbuciar e se tornam murmúrios e as vezes resmungos…

Pobres homens do silêncio que não as deixam falar para escuta-las e ouvi-las..

daqueles que não sabem pronuncia-las, porque tem pressa demais…

As vezes se tornam absolutos diante da sua pureza, e rudes ficam como se elas não precisassem existir.

Felizes são os homens que nelas buscam o silêncio entre elas, como se fossem as suas entrelinhas, os seus segredos que a terra quer conhecer, sem querer entender…apenas saber que elas existem já é o tudo!

Silêncios ambíguos das suas formas,

dos seus defeitos…

precisão e escaldante lucidez para o entendimento humano…

assim determina a razão!

A sua existência causa estranheza quando são ditas como se fossem armas que ferem o coração…

assim retratam as vezes no ouvido da verdade.

Assim se tornam lúcidas e nunca poderão sair do seio que as alimentou…

O seio que a comunicação universal determinou que elas fossem o elo dos Homens de todos os tempos…