O vitral esconde a pele…
O murmúrio esconde a alma,
A visão esconde a essência…
O sangue é o Humano.
A relva pisada pelos humanos,
Cobre seu rosto na madrugada.
O templo da noite e do dia,
Do templo que não congela nada.
Rosto coberto de ternura outrora,
De rudez e mesquinhez agora…
O choro que ainda não veio,
As histórias que ainda não sentiu.
Vem o sangue primeiro derrama a sua confusa ira…
Vem debaixo da noite que o dia não acendeu.
Não há enganos diante do sol,
Só a surdez ouve o ronco do desgosto.
Descongela a altivez primeiro como a busca doa o acontecido.
Com a alma espalhada na terra, quebrando o silêncio não dito.
Diga tudo pela ordem do coração,
Faça-o pulsar para balbuciar o próprio templo.
Não há sopro mais doce, antes o preciso soluço.
Queria mandar no próprio brilho,
Queria sofrer por engano,
Mas é esta dor que não sabe dizer aonde está.
Maior é a preguiça de vasculhar até reaprender ser feliz.
Então entre botões das máquinas todas….
Nenhuma é tão vazia e cheia de tristeza pela verdade não conhecida.
Melhor seria o sangue espalhado em instantes de negritude lucidez,
Melhor ainda isso acontecer saber recolher o rastro derramado.
Vem o caminho como uma Luz,
Mas é parda!
Não é inalante para os pulmões saciá-la,
É confusa com a dura verdade e delirante quando pensa que encontra uma saída.
É dura a realidade do não saber viver…
É dura a verdade do não se encontrar,
Como cidadão,
Como humano que é,
Não sabe o sangue em que veia corre…
Se na pele escura ou clara,
Se na velhice ou na infância.
Não sabe ele se há verdade ou há maldade,
O que sabe fazer é percorrer e não cansar.
Sem pressa de quem o recebe sem a preguiça de quem o tem.
Assim percorre seu destino fazendo o meu o teu também…