Da vida do joão de barro que leva…
lembrou que sem o seu canto seria a sua vida uma escravidão…
Era 5horas de uma manhã de domingo ali ele estava com sua companheira refazendo o ninho que desabou com a última chuva.
Um tempo de calor insuportável para quem tem o corpo coberto de penas.
O sol ainda longe e quase frio acorda os primeiros habitantes na terra com o canto…
As aves são os seres vivos que avistam primeiro o sol chegar…então elas cantam saudando o sol…e cantam porque as ultimas estrelas partem ao encontro da luz solar….ali elas ficam até que a noite chega e os olhos na escuridão as enxergam…
O jogo da luz entre o céu e a terra…
e da percepção humana.
O prazer de voar no universo aberto, joão de barro, faz a trajetória de carregar o peso do barro dezenas de vezes em cada dia até que sua casa fica pronta.
Uma escravidão se fosse pensar em trabalho árduo.
não tem tempo para se alimentar, a correria da construção…do tempo que vem chegando como será?
…é preciso correr contra o tempo…
O tempo que não para, despeja coisas para serem feitas…as vezes sem necessidade, outras tão necessárias…
sempre ocupando os seres vivos estarem em movimento…
Quem é o tempo? será que é o mesmo que o movimento?
Um é o outro, ou o outro são os dois juntos…
Para o joão de barro o que importa?
senão ter um ninho para a sua companheira colocar os seus ovinhos ali, protegendo das chuvas, ventos descabelados…pensa ela como uma mãe loba…mas ela é um passarinho que vive fazendo casinha nos postes espalhados aonde estiverem…nos campos longe das cidades, nas cidades longe dos campos.

Tudo parece mistura-se as vezes…
as vezes as coisas vão se encaixando…
as vezes distanciando…
O sol não muda o seu roteiro….
mais oferece o movimento no tempo para os seres vivos viverem…
e o seu desejo maior é que estes sejam felizes….
Um estrela do fim da noite diz então ao sol…
para ser feliz é preciso aprender olhar o sol…no tempo e com movimento?