O QUE IMPORTA I

por Irene Zanetti

Da janela veio o vento gelado…

em tudo estava o gelo.

Parecia que a nevasca era eterna,

O inverno trazia uma nova sensação de medo,

O que poderia ser se aparentemente tudo parecia estar no mesmo lugar,

na mesma condição do seu existir…

Era o começo de março de 2022,

e o frio sem piedade trouxe as noticias de uma invasão descabida num país do seu aliado,

a população sem saber o que dizer, senão lutar para não acreditar,

o melhor seria acreditar disse o comandante dos tanques estacionados.

Neste momento um raio sem prometer chuvas despencou sobre a cabeça da população que ficou com o coração na garganta…

Sabiam que se abrissem a boca o coração escaparia para fora dela.

Para muito não conseguiam acreditar nesta verdade,

seria desastroso demais viver uma guerra neste momento,

uma estupidez!

Apesar da coerência do cenário, ainda nenhum míssil tinha chegado até ali.

As primeiras horas daquele dia que iniciava uma jornada fúnebre, estava no ensaio, nas ameaças das explosões…

O sol do dia não conseguia fica acesso todo momento do dia.

O nublado das nuvens deixava o ar cinza e mais gelado que alguém pudesse conseguir sentir…

Entre as pessoas das famílias havia uma angustia não revelada,

nenhum choro veio, apenas entre eles tentavam achar uma solução,

para tomarem a melhor decisão…

Ficar ali na sua terra, no seu lugar de destino…outros já não tinham a mesma certeza…

durante os três primeiros dias a troca, os questionamentos começaram borbulhar nas famílias,

No quarto dia de ocupação das tropas, as bombas e ameaças foram mais ostensivas.

O teto de suas moradias já começaram pegam fogo derramado pelas bombas preparadas para dar início ao exercício da guerra.

A partir desta iniciativa, outros exercícios começaram pipocar nas ruas, casas, lojas, hospitais…

agora já não havia mais escolhas para muitos e ou para todos…

deveriam tomar rumo para outros lugares, dali sair o quanto antes…

Com a ressalva que os homens a partir de 18 até 60 anos deveriam permanecer para lutar contra o inimigo.

Que inimigo? se ambas as populações eram da mesma raça, da mesma linha ancestral?

O inimigo que sempre fez as mesmas defesas entre si diante de outros países…

As mesmas canções, cultura, costumes, ditando os mesmos provérbios bíblicos…

O que procuram neste momento gelado da região?

o que fazer com o que foi iniciado?

Uma guerra que não mostrava o principal motivo,

a maior necessidade para ela acontecer…

As famílias foram se separando a cada hora que passava….

mochilas, malas, muitos casacos, crianças penduradas nos pescoços das mães, outras seguram na ponta do casaco do adultos ali presente…como em procissão caminhando, formando um corredor de passos sem destino, apenas na tentativa de fuga serena, sem atropelo…ali a população mais civilizada, reconhecidamente pelas nações de todo o planeta.

A formação aristocrática fez a organização acontecer com poucos comandos,

os soluços eram abafados e sufocados para que os menores e os maiores de idade não pudessem perceber a gravidade do que estava acontecendo.

Acontecia a cada dia que passava uma guerra aguada sem piedade, mas com perdão…

O condutor e o conduzido diziam ser amigos,

e que não eram inimigos…

Porque a guerra aconteceu então?

alguns humanos perguntam ainda…

Outros países envolvidos confusos e obtusos sobre as verdades…

As formas arredondas das verdades foram modificadas,

falsearam-nas, as mentiras de outras nações escondiam as necessidades e o poderio para tudo acontecer.

Em 2022, no final de abril, o ocidente exerceu o principal papel para que esta guerra acontecesse dentro o Oriente…

E assim, o Ocidente sempre conseguiu ocupar um fantasioso lugar no planeta uma vez mais…

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