O Envelhecer e a Cultura…

por Irene Zanetti

A segregação das pessoas no envelhecimento traz uma enorme perda da socialização com os familiares, vizinhos, comunidade e toda a sociedade.

A presença daqueles já foram jovens atuantes nas suas comunidades, são sentidas como ausências insubstituíveis no inicio deste processo de reclusão.

No entanto o que conta para a comunidade é o cotidiano que registra a sua presença, os seus afazeres, sua contribuição na participação através dos eventos religiosos, sociais, cívicos e tudo aquilo que Ela possa representar nas suas relações diárias, como atuantes e participativas.

Certamente com o avanço da idade, todas estas participações vão se reduzindo e modificando também o cotidiano das outras pessoas que sempre fizeram parte dela.

O distanciamento causado pelos longos anos que a velhice se encarrega de fazer.

A redução dos envolvimentos pessoais vai definindo uma velhice solitária, que acelera as doenças já existentes, e quando isto acontece a realidade vai se tornando distante entre a pessoa idosa e os que estão em sua volta.

Realidades distintas num mesmo teto, traz mudanças de comportamentos de ambos os lados, e a predominância gera em torno dos mais jovens que conseguem manter-se num cotidiano ativo.

Estas diferenças geram a piedade do amor já existente, mas também gera o stress acumulado pelas dificuldades diárias para manter viva a pessoa que vive na distância da realidade que já pertenceu…

A difícil jornada humana quando a escassez do Amor está presente.

Os bons sentimentos desencadeados pelo Amor, ajudam superar as dificuldades nos cuidados e no relacionamento entre ambos, fazendo da velhice um estado que todos devem assistir e por ela passar.

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