MEMÓRIAS

por Irene Zanetti

Alá cabisbaixo seguiu com olhar manso a multidão do fugia das bombas.

Os olhos assombrados das crianças percorriam as paredes feitas de pedras, ali elas foram batizadas em nome do Ala do Oriente.

Foi ali que judeus se encontrarão para firmar o nascimento dos pequenos perante a comunidade cheia de esperança que estas crianças seriam os símbolos da paz nunca encontrada nos rostos dos mais velhos.

Vieram de branco como fazem os balduínos que vestem os seus corpos com os mantos e lenços soltos.

Trouxeram a esperança de um novo tempo com o batismo dos rebentos filhos amados.

Em anos passados pelo ferro o escudo de Israel surpreendeu a vida dos mais velhos que carregavam no colo.

Desafiando o amanhecer o templo e das mesquitas permitiam ouvir as promessas dos homens de branco.

O choro das crianças sentindo a água geladas da pia sagrada, ecoava a voz secular nos cantos que pareciam que nãi tinham fim, refletiam os elos da corrente dos séculos,

e as vozes vigorosas enchiam o espaço do templo que saúdam os presentes.

Vigiastes o tempo dos Tratados, e te surpreendeste com o resultados que chegou em 2023, ressecado pelo fogo espalhado das bombas, os olhos de Alá refugiou as camadas de seres humanos que chegavam machucados, estavam eles perambulando entre entulhos e entre os corpos espalhados pelo chão.

Terra quebrada,com pontiagudas as rochas partidas , muitas se transformaram em pó…

Vigiastes os homens que percorrem o deserto do Oriente, entre eles aqueles que carregam Ala como sobrevivência, entre os outros que carregam o ouro do deserto.

De ambas as partes o silêncio não termina ali fica espalhado como uma densa nuvem que paira sobre os escombros e os rostos desfalecidos de muitos corpos, tantos que são pisoteados na escuridão da cidade sem energia elétrica.

Entre o céu e a Terra,

Estão os sentidos dos nossos sentimentos,

dos nossos relacionamentos,

da quantidade do amor temos e que não temos,

Entre o céu e a Terra os anjos dizem. Amém!

Trouxestes nos braços o santo sacrário feito do pó da terra, ali estava o suor de quem conheceu o Amor.

Doou a sua luz para iluminar os nossos passos.

Assim iniciou a sua história.

Como humano chegou,

como estrela se fez com as suas histórias a feitas do amor.

Assim Jesus vive em nós…e para nós.

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