Envelhecendo

por Irene Zanetti

A travessia da ponte do tempo,

veio descalço como o pó da areia,

veio suave como o vento sem fim…

Percorreu caminhadas no deserto de existir,

Deixou-se ver diante do espelho d’água,

Aliviou o suor na corrida das planíceis,

Foram tantas as manobras para esticar as certezas,

tantas outras para delas despreender.

Então o verbo no ciclo da ideologia cobriu-se da verdade em que o Homem se fez verbo.

Se fez idolatria assumindo o endeusamento das suas conquistas materiais…

Assim evoluiu demasiamente sem o manto das puras verdades da própria vida.

Retorna agora na fase em que a medalha está do lado reverso,

nele está o sabor das coisas feitas despretensiosas apenas…

Fazê-lo então o sagrado distinto que o humano ainda não descobriu, ser o que é…

mesmo que seja apenas conhecer nos seus ultimos dias….

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