A travessia da ponte do tempo,
veio descalço como o pó da areia,
veio suave como o vento sem fim…
Percorreu caminhadas no deserto de existir,
Deixou-se ver diante do espelho d’água,

Aliviou o suor na corrida das planíceis,
Foram tantas as manobras para esticar as certezas,
tantas outras para delas despreender.
Então o verbo no ciclo da ideologia cobriu-se da verdade em que o Homem se fez verbo.
Se fez idolatria assumindo o endeusamento das suas conquistas materiais…
Assim evoluiu demasiamente sem o manto das puras verdades da própria vida.
Retorna agora na fase em que a medalha está do lado reverso,
nele está o sabor das coisas feitas despretensiosas apenas…
Fazê-lo então o sagrado distinto que o humano ainda não descobriu, ser o que é…
mesmo que seja apenas conhecer nos seus ultimos dias….