Do casulo,
do ventre,
em ser nos tornamos.
A espécie que forma,
nações, povos, sociedades, gente….
Hora da partida e chegada insinua as contrações…
Chega a hora desejada,
na espera do mundo se abrir…
a gratidão.
Como riacho,
um floral,
cobre o ventre já vazio…
deixa o Ser mudo com o leite dado.
Sobram alegrias…
não se sabe onde coloca-las,
são guardadas na memoria…
feitas historias surgem sempre.
Toma as gotas dos anos,
se mostra inteiro o Ser humano…
no convívio de todos.
Sabe já reconhecer…
mais ainda não sabe fazer.
Caminha com os dias e as noites os seus sonhos,
embora sem querer errar,
a vida mostra-lhe o mar da intimidade com os objetos do seu universo.
O brilho, a ânsia da locomoção dos anos,
se transformam em medos, feridas, dores no coração.
Não sei o que dizer ainda no meio da estrada diz ele então.
Acorda ainda atordoado,
levado pela herança da matéria que os sistemas ditaram.
O soluço não mais guardado,
solta um grito de socorro…
Onde está o sonho guardado?
Sonho não sonhado,
não realizado…
gerações vazias sem o aprendizado do sonhar.
irenezanetti.
