No cinza das dias,
nas curvas do poente, no círculo do nascente!
O traços feitos de puro algodão,
da névoa entre a noite e o dia, o dia e a anoite.
O sol que já queimou a umidade do ar, se vai para o descanso na sombra que o escuro faz.
Nada no silêncio rompe a rapidez do desmaio solar,
nada move senão horas do relogio…

Teimoso e incansável mostra-nos os blocos das horas…
As seis horas que configura a chegada do dia,
as dezoitos horas com a chegada da noite.
Entre o dia e a noite o profundo silêncio que os homens não ouvem…
Entre eles os mistérios das horas que tentam se alcançar…
O abraço da luz com a escuridão que vai acontecer…
O cinza aparece entre estes momentos…como os ancestrais diziam… a hora da púrpura…
Nestas horas os braços dos Homens se esticam o máximo que podem para tudo alcançar,
e os homens ficam entre o abraço do dia e da noite que a cor cinza os unem e os separam para um fazer o seu caminho, a sua rotina com as voltas no espaço.
O olhar cruzado entre o escuro e o claro, se despedem…algumas horas os separam um novo retorno acontece…
agora na posição do espaço que os separa…
Dias e noites sorrateiros do relógio humano,
brincalhões com o tempo que passa,
divertem-se como crianças suadas pelo sol das horas do claro…
que atingem os sonhos no escuro…
Tudo que acontece na cor do claro, o escuro não fica sabendo,
o mesmo que acontece na cor escura, o claro não conhece…
Ambos carregam segredos dos Homens e da própria Terra…que combina com o tempo para ficar entre eles ,
e deixar para o vento espalhar no dia de hoje e da noite de ontem…ou melhor dizer para o vento não confundir-se na noite de ontem para o dia de hoje, e no dia e na noite de manhã o imprevisto pode acontecer…