vamos se unir?

por Irene Zanetti

Diminuto,

quase insignificante…

O vento o abatia sempre…

vivia rolando, enrolado,…

sempre a mercê do vento .

Era leve não tinha direção certa,

não sabia se defender daquele vento vazio.

O vento se sentia vazio, sabe?

tentava se agarrar em algo em alguém…

o diminuto presa fácil deste vento no seu desalento.

Nunca enfurecido ficava,

mas havia uma rebeldia insensata naquele vazio que o vento carregava.

Doce como uma pérola escondida na sua casa concha, o diminuto seguiu seu destino e se deixou levar por ele e nele encontrou outros companheiros solitários, em cada um o pedaço perdido pelo vento desalmado.

Juntaram-se numa entrega só, cada qual salvando a própria pele e desta fizeram uma corrente de força e se tornaram uma multidão.

pedacinhos da cidadania

grande abraço.

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