De forma poética a realidade do passado e presente das gerações…

por Irene Zanetti

Do casulo,

do ventre,

em ser nos tornamos.

A espécie que forma,

nações, povos, sociedades, gente….

Hora da partida e chegada insinua as contrações…

Chega a hora desejada,

na espera do mundo se abrir…

a gratidão.

Como riacho,

um floral,

cobre o ventre já vazio…

deixa o Ser mudo com o leite dado.

Sobram alegrias…

não se sabe onde coloca-las,

são guardadas na memoria…

feitas historias surgem sempre.

Toma as gotas dos anos,

se mostra inteiro o Ser humano…

no convívio de todos.

Sabe já reconhecer…

mais ainda não sabe fazer.

Caminha com os dias e as noites os seus sonhos,

embora sem querer errar,

a vida mostra-lhe o mar da intimidade com os objetos do seu universo.

O brilho, a ânsia da locomoção dos anos,

se transformam em medos, feridas, dores no coração.

Não sei o que dizer ainda no meio da estrada diz ele então.

Acorda ainda atordoado,

levado pela herança da matéria que os sistemas ditaram.

O soluço não mais guardado,

solta um grito de socorro…

Onde está o sonho guardado?

Sonho não sonhado,

não realizado…

gerações vazias sem o aprendizado do sonhar.

irenezanetti.

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