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por Irene Zanetti

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Olá amigos,

José Saramago diz,

…todas as ilhas são desconhecidas enquanto não desembarcamos nelas.

No retorno do desconhecido, a paisagem da sensação, atração do sentir.

Da paisagem descrita que os olhos invadem as figuras que contornam os conteúdos diversos neles,

a beleza da curiosidade e pelo desejo do existir em nós.

Na viagem a aproximação,

o tecer com as mãos e o coração faz a presença da existência do desconhecido.

Retrato que os olhos registram como fonte de inspiração e construção do novo que foi ou o imaginado.

O retrato do momento da primeira vista, da primeira impressão e sensação do conhecer.

O momento do libertador ato de conhecer o desconhecido, mesmo sendo uma folha caída, despregada dos galhos e dos galhos colados no caule e do caule que perfura o terra.

Donde vem esta folha?

suas rugas já estão velhas?

sua cor já sofreu a metamorfose?

O que aconteceu para sua queda?

sofreu com os ventos das tempestades?

da violência do machado?

ou o seu tempo chegou com as estações…

As ilhas de cada partícula que o ar carrega, a terra pertence, as águas guardam e o fogo seca…

Passagem de cada uma como fonte de energia, fonte da manifestação da luz.

Cada ilha que nós somos.

O desconhecido que carregamos e que a lua abençoa provocando a nossa aproximação com o sol.

A mutação,

o contentamento da Unidade percebida na travessia da vida.

Cada tempo feito da magia do conhecer o desconhecido, das ilhas que se perdem com o passar das horas, dias…

das ilhas não tocadas, desconhecidas que nelas moramos,

das historias que nelas fazemos…

Das sensações que delas temos e não descremos como a folha que encontramos no caminho da nossa existência.

O pouco que conhecemos das ilhas que visitamos, alimentam nossa alma, a moradia dos nossos anos, a percepção dos nossos sentidos e a criação que convive conosco na sua fantástica manifestação da vida.

irenezanetti.

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