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Olá amigos,
O sopro do vento anunciava as mudanças da estação da primavera.
Debaixo de frondosas árvores o barco estava a espera da sonhada viagem…
Dias se passaram,
e o rumo do barco tomou a própria direção.
Navegou,
no crepúsculo do amanhecer…
entre os dedos as grossas cordas de sisal segura a bandeira que dança entre os ventos úmidos do mar.
Os dias as noites,
o sol e a lua…
o norte e o sul que elegantemente não se cruzam,
não se encontram,
as suas origens,
suas raízes,
suas sementes eternamente cravadas nos hemisférios do mesmo espaço.
Divertem-se amando o que fazem com as próprias mudanças, alternâncias…
Suas historias acontecem nas fracções do nosso tempo.
Partículas de suas vidas fazem parte do nosso todo Eu.
O que somos,
como somos…
como fazemos,
as nossas historias,
nossos comportamentos,
nossas atitudes,
nossas ações…
um, dois e tantos barcos que carregam tudo e todos os anos das nossas vidas.
Como sementes o nosso viver,
abra-se diante da vida,
suas cascas se quebram,
mostrando sua essência,
o núcleo,
a linha,
o fio,
que liga aos nossos universos,
do mundo que cobre o nosso corpo,
e do mundo que o nosso corpo cobre…
Esta ligação,
sempre no barco,
nas águas que balançam,
dos ventos que se cruzam,
dos movimentos do universo onde ocorre o tempo,
onde o tempo não corre.
Olhos limpos,
a alma descansada,
o retorno do constante crepúsculo,
onde as sementes brotam,
e retornam em outras estações,
saem do escuro útero da terra,
para viver diante do sol e da lua…
nos dias e nas noites,
navegando, navegando,
sempre em volta do grande universo.
irenezanetti.
