O meio social e cultural em que vivemos

por Irene Zanetti

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Olá amigos,

O sopro do vento anunciava as mudanças da estação da primavera.

Debaixo de frondosas árvores o barco estava a espera da sonhada viagem…

Dias se passaram,

e o rumo do barco tomou a própria direção.

Navegou,

no crepúsculo do amanhecer…

entre os dedos as grossas cordas de sisal segura a bandeira que dança entre os ventos úmidos do mar.

Os dias as noites,

o sol e a lua…

o norte e o sul que elegantemente não se cruzam,

não se encontram,

as suas origens,

suas raízes,

suas sementes eternamente cravadas nos hemisférios do mesmo espaço.

Divertem-se amando o que fazem com as próprias mudanças, alternâncias…

Suas historias acontecem nas fracções do nosso tempo.

Partículas de suas vidas fazem parte do nosso todo Eu.

O que somos,

como somos…

como fazemos,

as nossas historias,

nossos comportamentos,

nossas atitudes,

nossas ações…

um, dois e tantos barcos que carregam tudo e todos os anos das nossas vidas.

Como sementes o nosso viver,

abra-se diante da vida,

suas cascas se quebram,

mostrando sua essência,

o núcleo,

a linha,

o fio,

que liga aos nossos universos,

do mundo que cobre o nosso corpo,

e do mundo que o nosso corpo cobre…

Esta ligação,

sempre no barco,

nas águas que balançam,

dos ventos que se cruzam,

dos movimentos do universo onde ocorre o tempo,

onde o tempo não corre.

Olhos limpos,

a alma descansada,

o retorno do constante crepúsculo,

onde as sementes brotam,

e retornam em outras estações,

saem do escuro útero da terra,

para viver diante do sol e da lua…

nos dias e nas noites,

navegando, navegando,

sempre em volta do grande universo.

irenezanetti.

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