Marco a testa do meu tempo com uma cruz invisível.
A cruz marca o tempo da jornada humana, com as lutas enfrentadas diante do árido escudo de defesa.
Pedaços soltos voam sobre a Terra,
há uma imensidão de ilusões, desfechos algaridos e sofridos se fazem amortecer o céu.
Histórias desumanas dos humanos.
Sangrenta face da Terra, que esconde os seus olhos para não enxergar o derramamento do sangue vivo.
Dos destroçamentos dos sentimentos que amparam ou deveriam amparar os corações adormecidos.
Em entorno da Terra fios dourados do sol que se expande para a claridade, nem tudo se torna claro e divino diante dele.
Há esconderijos que os instintos humanos são mais destruidores que a própria selvageria dos animais remotos e destrutivos.
São daqueles encorajados para assassinar as almas dos famintos na busca da mudança daquilo que eles sentem, nos desvios daqueles que não querem ver, na fuga da clausura dos pensamentos desesperados e desamparados pelas próprias almas.
O crueldade de si mesmo, diante das cavernas que escondem o precioso e mortal pó do vício.
A eternidade interrompida pela força descomunal no humano.
Assim descrevo o que vejo diante dos olhos amortecidos pela dor da impotência que terminou antes de começar a vida do adulto acontecer.
Céticos uniformizados pelas metralhadoras e pelos ferrões mórbidos de quem faz a festa daqueles solitários moribundos diante dos próprios passos.
Inseguros e fatalmente entregues ao próprio destino de não saber se defender, como a sua consciência debilitada ainda se propõe vencer.
O sol escurece nas noites de vigília sem fim,
em torno do sol está a estupidez daqueles que usam os filhos da terra para matá-los lentamente com próprio sangue, que não escorre, mas que elimina secando os seus canais sanguíneos.
Ferozes os chamados para a cura que nunca vem, antes dela vem o novo comando dos assassinos das almas.
As almas ficam entre os chamados invisível e a droga facilitada pelo desejo e poder daquele que fincam a espada no peito dos sobreviventes.
As enxurradas das lágrimas que se avizinha na constância do dia a dia,
a lua ingênua nas suas noites pouco amareladas, escondem as lágrimas com que vê na multidão entre a fumaça e o líquido sendo derramado para dentro dos corpos jovens, daqueles com os olhos que pouco viram as paisagens da vida, que pouco saudaram os amanheceres, e pouco conhecem o anoiteceres.
Jovens que não conheceram ainda a vida adulta,
jovens adultos que não conheceram ainda a realidade da vida!
Perambulantes caminham sem o sinal do sol, do sal que conheceram na infância não tão distante.
Professores do vício se tornaram,
esquecendo o veneno que experimentaram.
Almas desnorteadas que nenhum efeito foram reconhecidos pela consciência do mal que elas consomem.
O jarro do veneno sempre vazio, carregam nas costas para enchê-lo,
Apodrecendo os sentimentos vivos e norteadores da realidade que não querem enfrentar.
Quem poderá então entender a transição das almas antes mesmo de morrer?
Travessias assustadoras cheias de lágrimas, angústias que enchem o vazio do peito que continua vivo porque o coração ainda bate.
Quantas foram as verdades que amorteceram as suas vidas?
Quantas mentiras enalteceram as suas vidas?
Quantas trocas de valores mudaram as suas vidas?
Quantas ausências aconteceram em suas vidas?
O que falta para os Homens de bem e de boa vontade fazer para acompanhar e ajudar a desfazer esta trama real e verdadeira que a droga conduz a Humanidade?
Almas desfeitas aceita a mão de quem oferece a paz em ti,
o amor sereno dos inocentes,
as verdades das suas consciências que ainda não acordaram.
Aceitam o próprio sopro de vida que Deus te abençoou.
Vamos acordar o Sagrado em nós,
ouvindo uma música para o descanso dos pensamentos,
fortalecendo nossa fé,
caminhando com os passos feitos de amor…