Irene em 09/01/2023 OS LENÇOIS

por Irene Zanetti

Os lençóis dos pensamentos ondulados sobre a atmosfera que a terra recebe.

Neles os registros das passagens dos pensamentos de cada cabeça, e cada cabeça há sentenças, e as sentenças buscam as verdades, o acreditar e mais que isso vivenciá-los através das lembranças, dos lampejos contínuos que os pensamentos deixaram no pouso que fizeram.

Ali passou e deixou resquícios das suas verdades, dos seus pontos comuns entre ele o ser humano.

Qual seria o ponto comum entre ambos, senão a cumplicidade da permissão do pensamento manifestar para o ser humano, e este tentar entender, dar atenção, questionar num só, no instinto de comunicação secreta de ambos.

Ambos são amigos até que o humano não conseguirá mais entender o seu íntimo, a sua outra metade que sem ele o humano estará no vazio, das suas palavras e das palavras das outras pessoas, estará na solidão do seu Eu.

O pensamento é como se fosse a companhia que não se pode vencer, apesar de toda a sua responsabilidade o pensamento gosta de vagar sobre o lado de fora.

Fica entediado quando permanece muito tempo dentro da cabeça e esta começa pedir licença para dar uma descansadinha, fazer um passeio fora dele mesmo, tentando ver as paisagens que estão fora, no mundo exterior.

Porque quando o pensamento flutua dentro do ser humano, ele traz as imagens das palavras e a cabeça fica intensa e extensa, fica ele circulando entre o passado e o futuro, o presente ele fica focado nele mesmo, tentando manter as imagens de acordo com as palavras que vem soltas e sem medo de viver o presente deste momento.

São nestes instantes que a unidade entre ambos se torna recíproca, mútua e porque não dizer que se toma consciência das verdades

do pensamento, mesmo que sejam pequenos instantes de consciência

a unidade brilha e se torna momentos eternos.

Certamente são revelados segredos mútuos, silêncios milenares, trocas de saudades e de partidas.

Quando acontecem partidas o pensamento que vivenciou esta acolhida do ser humano, ele parte levando para outro terreno a sua partida, sem saber se voltará ou estas vivências ficarão apenas para a eternidade.

São momentos assim entre os silêncios e as manobras do pensamento que está sempre ocupado de nunca deixar o mecanismo cerebral sozinho, vazio, está ele sempre preenchendo de novas promessas, descobertas, dúvidas, incertezas, certezas, seguranças e inseguranças para quem ele dá atenção.

O pensamento dificilmente cobra atenção, ele sempre está sempre presente espontaneamente, talvez por isso ele é cobrado por aquele que ele convive.

As vezes ele não quer ser cansativo,

mas a insistência de quem ele precisa está sempre querendo mudar de assunto.

As vezes acontece que o pensamento tenha um comportamento repetitivo, como se ele não quisesse saber de outra coisa senão a aquela questão de que ele que comanda apesar da cumplicidade, apesar da unidade, neste momento ele só tem a frágil interferência da razão que luta pela cabeça que o pensamento ocupa.

A cabeça sem pensamento fica oca, mas cabeça lotada de pensamentos endoidece qualquer um , eles assumem esta questão durante as frações de segundo que se tornam unidade.

Nem sempre são guerras entre ambos, os momentos de paz traz um descanso para o corpo que se desliga dos movimentos dos pensamentos.

Espera aí!

Será que os pensamentos dão lugar para os sonhos?

Ou os sonhos ficam calados apenas quando os pensamentos estão em ação?

Serão os pensamentos pacienciosos com os sonhos que as vazes até acordado o ser humano sonha, tomando o espaço dos pensamentos.

Assim seria?

O raio X da cabeça que não para de funcionar, e é preciso que ela esteja dentro da exata posição de funcionamento para que ela consiga se manter em equilíbrio, consciente diante da verdade da realidade.

Tudo isso é a realidade da verdade.

O pensamento responde sem ser perguntado.

Um cochilo vem depois de um cansaço do dia quente.

No cochilo todas as imagens desaparecem, as palavras somem dos pensamentos que ali estavam presentes.

E um novo quadro com novas paisagens, outras palavras de outros tempos, de histórias vividas do passado, outras vezes do futuro, e outras as vezes de terríveis imagens que causam pesadelos aparecem como relâmpagos, como se nada está dentro da realidade dos pensamentos que até poucos instantes eles comandavam a realidade viva.

E os sonhos como são, se os pensamentos se apresentam nos tempos do passado, do futuro e do presente através das histórias, das lembranças das vivências da realidade que muitas vezes não se sabe de que tempo é.

Não se sabe se o passado está no presente, e o presente está no futuro, e o futuro foi um passado, e assim os sonhos se apresentam quando lembramos de pequenos relâmpagos vivos e intensos.

A verdade entre ambos e tudo que acontece com os pensamentos, que muitas coisas ele não conta para o ser humano que o hospeda.

Ele sabe que os pensamentos se exclui a si mesmo quando na sua moradia tem muitos conflitos, muitas histórias mal contada, e tudo fica confuso…ele se retira, neste momento o cochilo vem e o sonho toma o seu lugar…

Caminhos feitos e desfeito do ser humano, que autoriza plenamente nos pensamentos exigentes, tristes, nervosos, ansiosos, poderosos, mafiosos,

de repente este ser humano descobre que seguiu as indicações das encruzilhadas do seu caminho e se perdeu quando percebeu que não soube ouvir e discutir sobre os propósitos dos seus verdadeiros pensamentos….

Os pensamentos são a companhia do Ser Humano,

Como seria o ser humano sem os seus pensamentos?

O cuidado para com eles, é necessário pois eles estão soltos e gostam de viajar.

A Terra nos leva nas suas viagens durante o dia e a noite,

Na viagem encontramos com os ventos do norte e do sul,

Com as chuvas do leste e oeste,

e com o calor e o frio de todas as estações do ano inteiro…

vamos refletir?

Bem vindo o templo que traz a paz coletiva,

Que faz a vida se torna mais simples,

Que seja um tempo em que todos os seres vivos possam alimentar as suas vidas.

Bem vindo ao Sagrado que te protege e te ilumina todos os dias.

Irene em 12/01/2024 PAREDES

Aperto meu coração entre as paredes do pulmão,

um soluço solto dentro do meu corpo, e este faz apenas um aceno que ainda estou viva.

Fico pensando o que é estar viva?

O viver secreto de cada ano das nossas vidas, de cada tempo que passa, e cada um passa vai deixando marcas profundas e outras levemente brandas, tão brandas que ficam plainando no ar.

Enquanto plainam os pensamentos ficam leves, espirituosos, ficam como se fossem surpreender o seu humano.

As vezes o estado humano quer apenas deitar e esticar o máximo que ele pode para nada sentir, ver, escutar, não permitir que haja barulhos internos e externos no corpo.

Apenas se tornar imutável e precariamente perceber o toque do coração…assim as vezes me vejo, me escuto, me sinto, e me permito viver instantes que nunca se completaram e nem consegui me dissociar um dou doutro o outro do um.

O corpo humano e o ser na condição humana.

As diferenças de ambos, que faz a diferença e de um e do outro.

Nestes momentos extremamente absurdos são uma fração de segundos e nestes é possível penetrar no âmago da terra, atingir imagináveis alturas e paralelamente perceber que este estado é normal, é natural, que isso aconteçe e que está estabelecido pela ordem da natureza maior.

Quando a comunhão se revela, e transporta para a consciência o nível mais adequado e adaptável da vida real, sem estar no tempo, mas com o tempo.

Outras publicações

Deixe um comentário