SILÊNCIOS SECRETOS

por Irene Zanetti

Irene em 26/12/2003

SECRETOS SILÊNCIOS

As pernas esticam os passos que nunca foram dados,

o vento vem calmo como gosta de andar, sem pressa e sem saudades para carregar.

Vem um tempo esquisito para os dias de feriados, parece que todos gostam de se feriar como dizem os pássaros que ainda não sabem cantar.

Vem o canto do tempo que se perdeu na própria curva aquela que nem o sábio poderia explicar.

Uma misericórdia se acomoda em algum canto cansada de lamentos como os meus e os teus.

Lamentos foragidos das verdades estranhas, que nunca ninguém quer conhecê-las, talvez sejam aquelas que chocam as manias, o cotidiano, quem sabe o que está secreto no coração…

Todas as verdades dá um tremor quando são dispensadas pela consciência.

Secos os olhos se atrapalham quando a sua visão se estica para longe, talvez seja a intenção de alcançar a distância entre a consciência e a inconsciência que se multiplicam durante o sono que fica acordado, e a consciência que fica adormecida.

Parece até que os olhos têm uma vontade de fazer enxergar o que é e o que não é!

Mas na verdade o que acontece é que ela, a vontade se confunde com o imaginário de quem olha.

Percebe-se então que a vida segue assim como se os mistérios são necessários.

A intenção é ambígua como se além da criação palpável ela também tem o seu lado oculto e inevitável.

O que seria o lado o culto da verdade?

O que vem além da verdade?

E o que acontece com ela quando é conhecida e ou vista perante os olhos secos?

A verdade inicia-se diante da criação que constrói o seu legado, a sua propriedade e o seu inteiro saber até aonde foi construído.

Depois vem a formulação do que este possa expandir ou não.

Como expandir?

Como construir o seu legado além da construção sólida e palpável?

O que está ao alcance do palpável não está também a construção da massa invisível que determina além da construção?

Será feita apenas como um passa tempo da própria criação?

Ou será uma sequência das construções constantes do Universo para se formar, distribuir, construir, reconstruir e expandir?

Formas invisíveis carregadas de energias plácidas e de temperaturas moldadas pelas camadas da oxigenação que derivam os climas, secos como os olhos, úmidos como os lábios, frios como o gelo nas mãos nuas…

Os pés se curvam para quebrar o frio e dos passos sentir o calor de algo que ainda não fora construído ou que foi e não deixou o rastro da expansão?

Será que a expansão é um derivado das construções?

Ou apenas um relâmpago sem força?

Alguém conhece um relâmpago sem força?

Da onde vem então o raio que atravessa a face da Terra e consegue penetrar no mais profundo mundo dela?

Em outros tempos as observações eram sentidas e visualizadas pelo seres do Sol.

Feitos homens carregavam grandes placas de espelhos do espaço na Terra.

Eles eram de tamanhos não diferentes dos Homens de Hoje e se sempre.

Mais carregavam nos seus bolsos invisíveis páginas espelhadas que mostravam as construções realizadas no espaço sem fim.

Eram ligados ao fio condutor com o Criador pai do Universo, assim eles diziam.

Assim nos tempos mais antigos da humanidade.

Tempos passados estes homens reapareciam depois de séculos passados, com um novo corpo para fazer novas histórias, assim eles acreditavam e eu também.

Neste tempo se vestiam de forma como deuses que precisam mostrar que a crença deles e os seus espelhos continuam vivos.

Neste tempo um pouco mais com a expansão das construções desenvolvidas na Terra, os deuses narravam as suas orações feitas de segmentos puros com citações da Natureza Mãe e a criação do Criador.

Eram nestas fases de conhecimentos que as construções que eram invisíveis se tornavam visíveis para os olhos secos se tornarem úmidos.

Foi assim muito tempo, no tempo que não se sabia que era tempo, apenas questionavam que precisavam continuar ajudando as construções que vinham como aviso do espaço.

As orientações, davam o cala frio na nuca, assim eles cobriam com lenços feitos de algodão cru que nasciam repentinamente para ser transformado em tecido.

Novas construções, outras começaram chegar com o sopro das ideias e dos afazeres nos dias quentes e frios.


Nas horas tardias das noites quando o espaço avisava que era preciso o aprendizado sobre a escuridão.


Os deuses encantados com o contato que era quase que diário faziam as orações e cantavam com o vozeirão de quem está entre o céu e a Terra.

E assim foram descobrindo que nas horas de sol podia ser uma etapa, e chegou o tempo que descobriram que todas as etapas tinham que ter um nome para organizar a vida de todos.

Para a surpresa dos deuses o vento que saiu do sol, revelou a palavra Tempo.

Ao mesmo tempo registrou-se várias perguntas, a única resposta dada, foi…

O Tempo dos Homens e não da eternidade.

O Tempo dos Homens aprenderem que a eternidade existe, assim o Ser Humano se torna eterno.

Dos secos olhos o homem caminhou, estradas sem fim neste ninho feito das suas construções, quando precisou na desilusão ou encontro encantador com o criador,

Os olhos avistaram e aprenderam que é preciso seguir adiante mesmo com os olhos umedecidos.

Novos caminhos se tornam necessário para a caminhada humana.

O Sagrado Coração do Universo está sempre presente!

No nosso dia a dia, nos nossos sonhos…

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