PARTE DO MATERIAL PERFUME

por Irene Zanetti

O CHORO

O choro chorado, feito chuva nos olhos…

Lembranças lembradas,

da ternura desfeita num momento.

Momentos demasiadamente longos,

que neles se juntaram nos pedaços da vida.

O Choro causado pela dor feita e não aceita, que a cura ainda não veio,

Toma-se então a profunda emoção que escapam dos olhos.

Lá vem as lágrimas socorrer o coração que não quer chorar.

Elas vem gotejando como os pingos frios que caem nos momentos difíceis de vida.

Ah! quantas curas o choro já fez?

Antes dos remédios o choro já aliviou muitas dores e evitou tantas outras…

Dolorida a emoção, do choro, na verdade ele não gostar de chorar.,

preferia rir, gargalhar como o riso faz…

Por outro lado ele sente que é necessário, que ele consegue deixar um fio de luz da consciência da causa que provocou o choro.

Sabe o choro, que ele precisa de muito esforço para parar quando não conseguimos perceber toda a verdade da sua causa.

A verdade causada é o maior motivo do choro,

É nela que estão os soluços, as sombras e as despedidas de algo ou de alguém.

As vezes o choro é demorado na solidão das despedidas.

Outras vezes ele é feliz com a alegria das pessoas.

O choro na maioria das vezes, é o primeiro amparo do ser humano,

nos momentos de apreensão ou desilusão.

Nem sempre o choro aceitamos, engolimos seco os soluços guardados para quando ficarmos sozinhos.

Na verdade quando isso acontece, não é a vergonha de chorar diante das outras pessoas, mas o que pretendemos esconder porque estamos chorando.

As causas que arrancam de dentro do nosso peito o choro. São elas que escondemos, sejam segredos, mistérios das vidas.

Cada reação dolorosa ou de felicidade o choro é a companhia que nunca nos deixa só.

É nele a abertura dos sentimentos mais íntimo que carregamos.

Nele está a nossa intimidade, identidade na forma que somos e reagimos como pessoas. Seres humanos fortes e vulneráveis porque choramos…

Outras publicações

Deixe um comentário