O CHORO
O choro chorado, feito chuva nos olhos…
Lembranças lembradas,
da ternura desfeita num momento.
Momentos demasiadamente longos,
que neles se juntaram nos pedaços da vida.
O Choro causado pela dor feita e não aceita, que a cura ainda não veio,
Toma-se então a profunda emoção que escapam dos olhos.
Lá vem as lágrimas socorrer o coração que não quer chorar.
Elas vem gotejando como os pingos frios que caem nos momentos difíceis de vida.
Ah! quantas curas o choro já fez?
Antes dos remédios o choro já aliviou muitas dores e evitou tantas outras…
Dolorida a emoção, do choro, na verdade ele não gostar de chorar.,
preferia rir, gargalhar como o riso faz…
Por outro lado ele sente que é necessário, que ele consegue deixar um fio de luz da consciência da causa que provocou o choro.
Sabe o choro, que ele precisa de muito esforço para parar quando não conseguimos perceber toda a verdade da sua causa.
A verdade causada é o maior motivo do choro,
É nela que estão os soluços, as sombras e as despedidas de algo ou de alguém.
As vezes o choro é demorado na solidão das despedidas.
Outras vezes ele é feliz com a alegria das pessoas.
O choro na maioria das vezes, é o primeiro amparo do ser humano,
nos momentos de apreensão ou desilusão.
Nem sempre o choro aceitamos, engolimos seco os soluços guardados para quando ficarmos sozinhos.
Na verdade quando isso acontece, não é a vergonha de chorar diante das outras pessoas, mas o que pretendemos esconder porque estamos chorando.
As causas que arrancam de dentro do nosso peito o choro. São elas que escondemos, sejam segredos, mistérios das vidas.
Cada reação dolorosa ou de felicidade o choro é a companhia que nunca nos deixa só.
É nele a abertura dos sentimentos mais íntimo que carregamos.
Nele está a nossa intimidade, identidade na forma que somos e reagimos como pessoas. Seres humanos fortes e vulneráveis porque choramos…