DIVERSOS PENSAMENTOS

por Irene Zanetti

Certa vez um vagão passou solitário…

Fechou os trilhos,

Assustada a esperança ficou consigo mesma.

O espantalho das almas,

No deserto do amor ausente, está a vida,

com o seu olhar sem cor.

Carregando o coração nos braços,

e com os pés descalços o vazio nas nobres mãos…

Lança um olhar infinito que conheceu nas antigas existências.

Como o vento trouxe nas fontes da vida,

No mesmo berço…

Encontradas ali,

Já eram antigas e conhecidas…

As crianças renasceram.

Dupla história da mesma união,

Gerou a mistura e a divisão,

Assim tornou-se inteiro…

Passados dias difíceis de tristeza quase morreu,

Solitária,

Vagarosas flores ela colheu…

Como soldado se faz forte,

Dilacerado do cansaço…

Tomba seu corpo para o sono chegar.

Assim esquadrilhando o chão que passa,

Inteira na ingenuidade de viver…

Carrega a armadura,

A guerreira da vida…

Nem tão só assim,

Seus lenços abraça

Traz o vento consigo no rosto…

E o andar de quem partiu…

Senhora, senhorita,

De beleza as flores envaidece,

Planta em sua volta as suas rosas.

Torna-se metade rosa metade mulher.

Esquisito quem nunca adoeceu,

Pelo jeito de feio ser.

O que fez sem carregar,

Sem fazer o que não carregou…

A prisão não suporta a alma,

Mas a ilusão traz uma desavença na tristeza,

Liberta carregando seu avental,

Sem flores e o lápis para pintá-las…

Move os ventos e seu sorriso reaparece.

Já passada a juventude,

Estirada no corpo maduro,

Caminha no canto,

Saboreia já a primeira vitória.

Enfeitada revela sua essência,

No vasto caminho das histórias…

Surpreende-se quando a vista,

Uma alegria encontrada no passado.

As tristezas que chegam de repente,

Sem avisar o paladar da maçã…

Mas traz uma sensação de já ter vivido este momento.

Esconde o rosto do riso fácil,

Entre vestimentas longas e bordadas,

Saboreia a estrada esticada nas flores despidas de azul.

O aroma dos sentimentos guardados,

Como ícone da própria vida que segue…

Alimenta a alma-perdida.

O raio do sol penetra no corpo suado.

Espanta o calor adoecido febril,

Vem do fundo da terra a memória,

A ilusão de quem quer só amar.

Caminha entre as dunas da vida,

Ora deixando-se levar por ela…

Como dois pinceis que se encontram,

Retratando as faces oculta e presente,

Num só corpo…

A travessia do ser entre o céu e a terra,

Se nomeia entre as forças da vida humana.

O universo do ser,

Na escalda da vida se torna transcendente…

Humano nos passos que dá,

Em cada uma nova etapa uma nova evolução.

Espantando o ser,

na exposição do sol,

revela a força,

a determinação que o humano precisa conhecer.

Sacudindo o seu mundo,

Quebrando as barreiras que encontra….

Avança e cada caminho percorrido será sempre um aprender…

A doçura do olhar infinito,

Percorre na direção do amanhecer,

Enobrece seus sonhos,

E traz para sua realidade a vida que quer conhecer.

Caminhando entre as lanternas da noite,

Busca no seu interior uma nova morada para os seus olhos.

Na busca carente pela paz,

Encontra as razões para viver…

Pelo caminho passeia, como

Uma sombra da existência antiga.

As mesmas flores já não tem a mesma idade…

Caminhos perplexos,

Sem as dobras do passado…

Apenas um passeio é preciso viver.

Despojado no tempo,

Liberto…caminha para o seu lado de dentro…

Senta que a saudades já não existe mais.

Severa com o presente,

Busca na saudade do seu existir…e liberta-se do egoísmo.

Carrega a Pedra da vida nas mãos,

Na solidão do sono,

Nada a faz perceber que carrega um tesouro…

Nos passeios da noite antiga,

Uma história de amor surge louca,

Apenas o riso do adeus chega tarde.

No passeios descansa da tarde,

O sol ainda brilha…

No coração humano.

Embaixo do sol,

O viajante da Luz ilumina na noite…

Entre o perfume,

os florais dos dias…

guarda na memória o perfume da vida.

Entre o perfume e a Luz a existência torna-se memória.

A simplicidade de existir basta o renascer

Em cada dia…

Caminhante com passos lentos,

Dados faz sua história…

Seus campos desenhados do tempo.

A soberba passagem,

Transforma o bem querer na distância…

Flauta sobre a Terra,

Cor da soberba implora para os fios mantê-la

Entre passos no deserto,

Plantado foi o amor,

As sementes se transformaram em flores.

Errante urbano és,

Sofre da desilusão,

Caminha sozinho pela união.

Como ave do deserto,

Abre o peito para sentir a dor de todos…

Voa com o canto da vida.

Devastada pela dor de todos,

Segue o rumo do deserto da vida…segue.

As regras da massificação,

A dureza da independência,

E a falta da expressão.

Entre o sabor da transcendência e a dura postura…

Esconde a alma.

O tempo presente,

Fértil na difícil tarefa de viver…

Na busca do desprendimento,

O cotidiano é o melhor ensinamento…

Semelhante as uvas, as ervas …

Que docilmente se deixam ser levadas das suas horas….

Carregada de flores,

Ensaia voar entre elas…

Com os pensamentos…os sentimentos.

Frases feitas em 09/09/2018

UMA ORAÇÃO ANTECIPADA…. meu coração mencionou…

Deus do Amor Eterno.

Em seu nome agradecemos pela existência humana.

Pedimos o socorro que humanamente não encontramos.

Que a força do amor se expande através dos mais simples e verdadeiros.

Que sejam fortalecidos neste momento tão difícil no Brasil e no mundo.

Que as raízes dos valores da vida estejam expostas para salva-la.

Que a Luz penetra no mais profundo do ser de cada um e do todo.

E que o humano consiga senti-la em nome do Amor.

Em 08/10/2018

Da criança que ainda não cresceu,

Se fez presente entre tantos detectores que avisava que ser adulto sofreria…

Na inocente infância,

Quer perdurar a sua vontade,

Mas a inteligência impulsiona a travessia do tempo.

Então ela cede…e se deixa crescer…

Carregada do passado,

Da íngreme subida aos montes,

sabe que seu estado é de espírito

e não de uma longa vida.

Cavaleiro do vento,

Que traz notícias do mar.

Cobre o rosto sempre ao passar…

Vem tropeçando nas lembranças que não quer se afastar.

A racionalidade originalidade na transformação do homem

Gera a frustração de no ser.

Perpetuando os dias humanos,

Traz no símbolo uma vida artificial.

Vem de tempos antigos as lembranças,

Com os sentimentos do presente fazendo uma bola.

No caminho da vida humana,

As lembranças saudosas se espelham no espelho.

Renascendo caminha no tempo,

Carregando o fardo e as alegrias das histórias…

Seu tempo não termina nos dias…

O tempo vivido,

Leva para o espaço as alegrias e as tristezas,

Histórias humanas que se transformam em memórias.

Os enganos espalhados nos anos…

Transformam-se em sombras,

E elas são as inimigas da paz…

Os erros cometidos sem a consciência geram

Sentimentos que não perdoam.

O cansaço das horas douradas…

Afogam os sonhos…

Os sonhos não sonhados…

Sacrificam as suas emoções…

O enfrentamento das dificuldades humanas,

Mostra a saúde do ser.

Derrotar as dificuldades emocionais…

É renascer para a vida.

Histórias conservadas,

Nelas o desejo dos sentimentos que nunca serão esquecidos…

Os sentimentos na grande memória da vida se tornam eternos…

A fantasia constante voltada pela ilusão do existir.

O voo do existir esquecido da consciência reluta o entardecer…

Senhora tarde coberta da realidade feudal do dia…

Na noite adormeça embrulhada no tempo noturno…

09/09/2018

Certa vez, um vagão passou solitário,

A porta na corrida fechou os trilhos,

Assustada a esperança ficou consigo mesma.

O espantalho da alma,

No deserto do amor ausente,

Está a vida com o seu olhar sem cor.

Carregando o coração nos braços,

Com os pés descalços e nobres mãos,

Lança os olhos do infinito que conheceu…

Com o vento trouxe nas fontes da vida,

Do mesmo berço,

Encontradas ali já eram antigas conhecidas renasceram…

Dupla história da mesma união,

Gerou a mistura e a divisão…

Assim tronou-se inteira.

Passados dias difíceis de tristeza,

Quase morreu solitária,

Vagarosas as flores ela colheu.

Como soldado de faz forte,

Dilacerado do cansaço tomba seu corpo para o sono.

Assim esquadrilhando o chão que passa,

Inteira na ingenuidade de viver,

Carrega a armadura da guerreira da vida.

Nem tão só assim,

Seus lenços a abraça,

Traz o vento e o andar de quem alcança …

Senhora, senhorita de beleza as flores te envaidece.

Parte em sua volta a sua rosa.

Torna-se metade rosa metade mulher.

Esquisito quem nunca adoeceu,

Pelo jeito de feio ser.

O que faz sem carregar,

Sem fazer o que não carrega.

A prisão não suporta a alma,

Mas a ilusão traz uma desavença na tristeza,

Liberta, carregando seu avental,

Sem flores move os ventos

E seu sorriso reaparece…

Já passada a juventude,

Estirada no corpo maduro,

Caminha no canto,

Saboreia já a primeira vitória.

Enfeitada revela sua essência,

No rosto caminha no canto,

Sabedoria já a primeira vitória.

Enfeitada revela a sua essência,

No rosto das histórias surpreende a vista

Uma alegre encontrada no passado.

Entre p sol e a lua….

A terra feita de amor de ambos…

Entre o sol e a lua,

Os anjos pronunciam,

Deus é convosco e conosco também

O ventre feminino,

Delicia-se com a explosão da vida,

Mulheres de todos os tempos na mesma expressão do doar-se…

Assim a humanidade caminha…

Povos do sul e do norte

Caminhantes na constância da vida,

Na busca das revelações das verdades de todos…

Quem nós somos?

Povos que perpetuam a Terra,

Caminham nas direções das novas buscas,

Encontram o corte da navalha nas estradas…

Entre o mar e a terra,

Caminham sem destino na busca da sobrevivência…

Só o Sol conhece as suas dores.

Fronteiras cerradas,

Adiadas que dilaceram os sonhos não sonhados,

Amontoando pessoas de idades todas…

No vestígio de saber o não querer.

A corte dourada,

Fechada, lacrada para os povos sem destinos…

Pede humanidade,

Vazia a corte dourada tranca os portões de ferro que fere.

Andarilhos que não sabe nadar no bote estão pendurados…agitados todos eles no náufrago,

Canhões á espera como se fossem malditos os seus destinos…

Estrondam os portões de ferro que fere…

Encurralam os sobreviventes…

Demasiadamente surge a sua reação …

Provocam entre si as questões.

Irem de encontro ou não?

Atravessam as fronteiras das suas terras massacradas, dos seus entes queridos, feridos, mortos na escuridão do dia que se tronou noite…

Entre os mares,

As terras estrangeiras conhecem a dor da opressão.

Do poder lastimável que derrota os sonhos, a infância e a velhice precoce.

Derrota o corpo que causa a saúde da emoção…

Tudo no mais completa desorganização da civilização.

Ali ficam sem nada dizer…e fazer.

Como ladrões os tomam a corte dourada…

Que escuta vozes dizer…a Terra é de todos! Que divisão querem fazer?

Longe deste pensamento a corte dourada rasga o véu e mostra a escuridão da noite que ainda não chegou.

Como leões ferozes os oprimem mais as asas do que buscam a liberdade.

Escravizados nas suas próprias terras pela corte dourada que ofuscada ficou.

Arrancados dos próprio chão, andarilhos se tronam como ovelhas domesticadas.

Mas não há prova disso…

O coração que reaja! Pensam eles então…

A permanência nas fronteiras,

A massificação da dor,

Do desalento…

Do sem pátria,

Nação os povos silenciosamente, se nada trocar de ideias e ideais, palavras, discursos…em vão.

Todos estão no barco da imigração,

Todos vivendo o inferno da destruição de suas famílias, casas e países…

Todos encontram pelo caminho de alguma forma o naufrágios.

A fome, o sono, o frio cruel…

Ali se misturam unidos como os cordeiros contra a própria extinção…

Quando tudo isso se tornar real, consciente…pesa o coração que de um ato bate mais forte…

Contagiando outros corações.

A vida não acabou!

O que acabou foram as casas, as terras tudo que de material destruído foi.

Restando apenas o corpo, a consciência, os sentimentos e os sonhos de continuar vivos.

Ali prostrados mostram para o mundo inteiro que se define como terras de ninguém,

Como estorvo das grandes potencias,

Como restolhos da humanidade, mesmo perante daqueles que vivem na miséria das piores condições de vida nos seus pais.

Ainda assim nesta condição humilhante…se estivessem em seus países…se sentiriam como reis.

Então o imigrante açoitado pelos misseis apontados se curvam e desesperadamente o que buscam é manter seu corpo vivo, sua consciência e seus sonhos num pedaço da terra que lhe pertence como filhos do Sol…

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