O MEDO É O GUIA

por Irene Zanetti

O Homem contemporâneo com o rompimento da sua integralidade, transformou-se em uma matéria que propõe e desenvolve uma realidade dura e cruel para com ele mesmo.

A crueldade é a omissão faz com que ele fez quando deixou de conviver e respeitar a sua universalidade na realidade que ele vive.

Usando a sua racionalidade apenas para digerir o que fez durante a sua vida, oportunizando erros e enganos nela e complementando esta realidade em meias verdades, senão os poucos é o que se é palpável como a matéria.

No restante das suas ações a ausência da sua universalidade deixa o vazio a inexistência da completa verdade e o rumo que indica a plenitude.

Pelas omissões conscientes ou não cabe ao ser humano buscar dentro dele, nas suas emoções, sensações o quanto há de compreensão e clareza nos seus atos e sentimentos.

No entanto que seu vazio permanece como forma de uma verdade que ele “acha que tem que carregá-lo porque cada um tem a sua cruz”, o constante medo detona os seus sonhos.

E a falta de sonhos faz com que não se tenha a coragem de enfrentar os desafios da vida.

Trazendo a insegurança diante das coisas que se quer ou não, um medo representa a sua omissão que carrega sem conviver com o que se carrega.

Dizer não conhecer o interior que habita em cada um.

Na verdade é no interior que moram as certezas incertezas.

São os sonhos e as respostas da luta e da existência seja ela na Terra como no Espaço.

O constante medo elabora no ser humano a falta de coragem para lidar com as falhas e capacidades de compreensão, a presença e o sentido de ser como se é, e não se dever ser ou querer ser o que não é.

O medo que invade quando qualquer ato, ação e reação diante de um conflito em que se sai da razão, explodindo dentro e fora dele. Uma onda de sentimentos confusos, sentimentos desconhecidos, sensações estranhas e com a percepção turva, causando uma mistura do sentir. E com isso não aceitar o que se sente, travando a descrição do que se sente.

Desta forma se deixa de conhecer as verdades o que se sente e se é possível desenhar para que se possa vivenciar as reações da ação.

Como forma de explicar a interioridade como o sentimento está fazendo com o seu interior. E o que é o interior senão parte dos sentimentos e tudo que está dentro do corpo de forma invisível.

Transporta em forma de figura traz uma visão da viagem que estes sentimentos faz interioridade.

Para isso se tem que permitir que a coragem seja maior que o medo e com ambos prender a respeitar o que sente não porque foi tocado, palpados com as mãos, mas sim com o sentir.

A realidade do mundo atual está cheia medos.

Não há quem não traga para fora a expressão “mundo está perigoso demais”, e realmente ele está perigoso.

Porque cada ser humano esconde o universo maior e forte dentro dele.

A racionalidade fez esta realidade com os humanos.

Entre eles as relações e as convivências com o todo, que considerada apenas o que vemos e riamos para a defesa.

E o que se vê no outro que provoca medo é o que sente o quando se carrega, e muitas vezes não se quer conhecer porque o desconhecido traz o medo.

A corrente do medo pelo desconhecido que está dentro de cada um e do outro.

O outro é a outra pessoa constituída com a mesma célula definida eternamente da humanidade,

A constituição celular desencadeia na vida e na morte.

Para a vida a naturalidade se fortalece com a expressão de uma alegria contida na vida e que esta se torna

Contagiada naturalmente a ter coagem de enfrentar as dificuldades da vida.

Na morte que não é apenas quando o corpo está inerte, mas quando ele está cansado da vida, seja por um trauma, pela própria história de vida.

Pelas decepções, acontecimentos tristes e morte, está no que sentimos como perdas, desilusão porque nestes momentos não encontramos dentro do ser humano a força da vida que traz a coragem e a alegria.

A maior ameaça nestas duas últimas décadas é a tristeza que percorre entre as pessoas, a tristeza que cada um carrega do não se conhecer.

Esta tristeza se transforma em agressividade na tentativa de tirar de dentro do seu interior.

A agressividade de uma tristeza é a mistura da tristeza com a revolta e consequentemente a importância se torna como ser.

A perigosa impotência derruba o solo terreno, sem as armas de defesa e sem a coragem e sem o voo livre do universo, tornando ainda mais racionais, mais frios e duros para alimentar a coragem de defesa, quando na verdade esta provocando maior desentendimento dentro de si.

Das posturas, comportamentos e tudo que se conhece e desconhece, mesmo porque está se permitindo que a racionalidade nada mais vê senão a própria defesa e dela fazer a proteção.

A moeda é uma só peça, mas tem duas faces, dois lados.

A defesa para proteger o desconhecido e da outra pessoa que mesmo que se conhece aparentemente

Ou se pensa que a conhece, entre elas surge uma ameaça provocada pelo medo.

E como será para cada desconhecidos?

O medo está sempre pre- disposto a defesa sobre a outra pessoa.

Para se manter distância entre os desconhecidos não a cumprimentamos , não olhamos para seu rosto, nem trocamos sorrisos porque pode ser que desencadeia uma relação negativa, diz o medo.

E a negação na verdade não está no outro a sensação é o que estamos carregando a defesa e a impotência diante do outro.

O lado avesso da moeda qual é se ela tem um só valor?

O mérito da moeda é que ela indica a sua unidade com os seus dois lados quando a vemos como o nosso “valor”.

A unidade do nosso valor, não está apenas na razão, mas está na unidade da razão e da emoção.

As nossas emoções são respostas que recebemos do nosso universo interior.

O medo como guia para compreender as nossas dificuldades de enxergamos como somos e o que somos.

Mas a pouca coragem que derrota diante da racionalidade que a utilizamos como nosso guia na vida.

No entanto, o guia vem da universalidade que habita em nós é dela que vem o sentido da nossa verdade que na realidade e da verdade que faz a nossa Unidade como Ser Humano que somos.

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