
Lava-me do luto que a guerra criou sobre a Terra civilizada,
Lava-me da turbulência surgida entre caminhos desconhecidos e cheios de histórias interrompidas.
Lava-me do ódio derramado sobre o lençol que ninguém nele adormeceu.
Lava-me assim quando o véu da noite se faz por inteiro e homens com seus semblantes escuros vigiam a lua se ela não virá?
Lava-me da escuridão feita de dor no corpo moído pelo cansaço de muito correr sem ter pernas fortes…
Lava-me do medo que direciona á mim como se ele fosse maior que minha fé,
Lava-me da incredulidade que faz nasce a mentira para me socorrer…
Lava-me das imagens sangrentas …
Lava-me da estupidez dos vacilos que chegam repentinamente sem eu perceber.
Lava da cruz que traz a companhia da fé enganosa,
das esferas que circundam para os passos presos ficar.
Dos gritos que o vento traz,
Dos ecos que as montanhas guardam de dor…
Lava-me da guerra que não sabe porque ela existe…