História – De Maria

por Irene Zanetti

Maria é uma senhora que mora perto da beira de um pequeno rio que desemboca no sul do Brasil…

A sua prosa é gostosa de ouvir perto do barulho das águas que descem ligeiras e levando os microscópios seres das águas doces.

Sonhadora antes de falar olha discreta para o rio como se tomasse a sua água e aos poucos começa falar.

Conta histórias encantadas outra nem tanto,

mas são histórias que ela ouve dos vizinhos, conhecidos e da sua memória fértil.

Assim ela começa contar como é o seu viver,

  • Já estive entre tantas lembranças do sol sobre a terra e das estrelas penduradas no Ar.

Parecia o céu, mas apenas era o Ar.

Um ar diferente daqui no meio do mato e do rio,

Maria sorri como se lembrasse de algo especial,

teve uma lembrança certamente bela, pelo sorriso que seus lábios se abriram.

Eu vagava na beira de um caminho que uma luz iluminava o seu rumo,

o restante era tudo escuro, na verdade fiquei um pouco pertubada pela escuridão, depois fui me concentrando no caminho iluminado, aos poucos vinham pensamentos que mostravam aonde eu estava.

Por momentos me via na Terra e em outros no céu, e em outros nos dois.

Ela continua com a descrição… – Eu achava que o céu e a terra tinha uma distância grande entre eles,

O pólo da Terra e a imensidadão do céu!

Nada é distante entre eles, apenas os homens que criam estas distâncias e fazem da terra a única ponte consigo mesmo.

Entre ambos, os Homens golpeam-se á si próprios, desperdiçando a sua divina visão do viver real.

O jovem vizinho ouvia Maria admirado diante da sabedoria dela…

Percebendo o interesse do rapaz continuou, entre todas coisas neste lugar que eu estive a mais preciosa era a vida humana.

Os reis, as rainhas, como simbologia que se refere as emoções e os sentimentos.

Que só a espécie humana sentem de forma consciente e não como as outras espécies de forma institiva.

Este movimento humano nada mais é para viver o amor eterno.

O amor que só ele carregará na vida dos seres humanos para acontecer a sua continuidade na terra…

Maria bocejou com a preguiça de continuar,

a tarde estava descendo…

e o vizinho precisava cuidar dos seus afazeres no campo.

Um até logo firmou a amizade mais que humana neste momento em que ambos através das suas imaginações foram visitar a dimensão entre a terra e os céus…

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