pedaços

por Irene Zanetti

PEDAÇOS

Pedaço de mim,

Sem mais a fita que os unia, sem a cola que os compremia,

agora juntos.

Soltos todos como um pedaço só.

Feito um corpo desamarrado, livre sempre pretendeu.

Agora já solto, imóvel inda está.

Com o medo de andar e tudo quebrar.

Feito outrora uma espécie de vitral cheio de flores de cores, de visões, traços e lamentavelmente incorrigível.

Mas só no tempo atrás.

Corpo suado, pelo sol, não mais de trabalho em movimento sempre.

O espaço que tem para caminhar, não é mais o mesmo, é menor o é agora.

Pouco ficou, mas a sua tragetória cosntante, migra parar todos os lados.

E pendurado o meu corpo, soa na busca do movimento.

Do movimento nasce a liberdade.

O zelo do próprio cuidado nasce, sem criar a própria piedade, o próprio medo de fugir de si mesmo, sem lamentos e nem sacrifícios.

Apenas cresce na alma a própria força para renascer.

Outras publicações

Deixe um comentário