por Irene Zanetti

O ALVOROÇO

De caminho tornou-se luta,

Da luta uma luz para caminhar.

Entre pedras, não com os fincos dos espinhos, homens com as suas armaduras sacodem com o vento e desse fazem uma história.

Humana apenas?

Do humano sobre a miséria, o rastro e forte machucadura do que foi.

Do peso insólito e fugaz, vem o sopro do divino eternizar o que os homens inventam.

Deste solo queimado pelas armaduras, passos se levantam em direção do grande momento.

Brancos, negros, amarelos, de todas as raças os homens levantam as suas bandeiras prprias.

Sem distinção do que são ou pensam o que são.

Apenas buscam.

Não mais vagam,

sem liberdade de escolhas,

escondem os próprios destinos e na levedura dos aflitos não mais sofrem, e nem pedem perdão.

Apenas assim ficam com a guerra nas mãos.

Guerras terminadas, que não são mas lutas.

Apenas se perdem nelas, as raças e delas, sobram o fédico sabor de quem nunca venceu.

PASSOS DADOS.

Entre os passos dados,

livram os poetas do adeus, sofrem os que cuidam das feridas, que de humanas se tornam dor.

Sofrem sem o prazer da própria proposta que fez as guerras.

Apenas sobra o sabor do buscar-se.

Nos passos alcançados nada mais veem e nem mas lembram o que foi feito.

Apenas adormecem, sem lembrar de continuar, vivendo a própria vida.

Além vai o símbolo da vida,

além vai o silêncio entre todos,

apenas fica uma saudade do que aconteceu.

Entre passos dados,

e entre pedras alcançadas fica o gosto de quem nunca foi.

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