Negação
O medo e passividade das relações na família, trouxeram uma liberdade de expressão individualista e não coletiva,
Trouxeram a separação das convivências com poucas trocas de opiniões e com o silêncio que deveria ter a participação de cada um no todo.
A negação sinto eu, que iniciou quando ainda a família estava sendo construída, o medo e o silêncio florou, reinou no espaço familiar.
Com poucas manifestações no dia a dia, a relação se tornou uma negação.
Sim uma negação, porque não havia trocas, e nem argumentação que pudessem mobilizar a relação familiar, havia um medo, uma reserva, se podia ou não falar sobre as coisas que estava acontecendo.
Se poderia falar ou não falar.
Logo sinto a raiz principal da mudez da família,
que permitiu perder a força da comunhão e das verdades de cada um.
E esta falta de comunicação, levou-se para o entendimento que cada um poderia ter a liberdade, que na vida adulta esta liberdade se tornou uma séria desunião sem a reciprocidade que a relação familiar perdeu muito, e ganhou a fragilidade da falta da construção individual, mas com a participação de todos.
Descrevo estas questões para que elas possam dar respostas mais claras e verdadeiras.
Assim tenho guardado em meu corpo as frustrações e o despreparado de consciência do grupo familiar.
Até então a realidade vivida foi fracionada pelas manifestações individuais que não chegavam atingir o restante da família.
O tempo não adormeceu, então, a velhice chegou na sua hora, e a carga de tudo isso está sendo descobertas, trazendo um inverno rigoroso e desavisado…